Uma polêmica foi instalada com sucesso nas redes sociais: a última campanha da Gillette.

Em um comercial de 30 segundos, a marca aborda questões como machismo e masculinidade tóxica, passando a mensagem de que homens devem se responsabilizar pelo ato de outros homens para mudar a postura machista sociedade em que vivemos.

Em meio a opiniões favoráveis e contrárias, existe uma verdade absoluta: o perfil do consumidor passou por uma grande mudança.

Para ele, um comercial não tem o papel de entreter, mas sim de representar.

A população atual acredita que as marcas também devem ser agentes de mudança, porque tem muito mais influência sobre as pessoas do que campanhas governamentais, por exemplo.

Diante disso, o desafio da marca moderna é lidar com questões culturais importantes para cativar seus (potenciais) consumidores, como machismo, LGBTfobia, racismo, etc. – principalmente se tiver como público os millenials e a Geração Z.

Esses grupos tendem a ignorar marcas tradicionais, buscando aquelas que participam de algum movimento e tomem partido nos debates importantes.

É claro que a Gillette não foi a única marca a fazer uma ação com essa temática. Em 2016, a marca de sabão Ariel lançou o comercial premiado e viral Share The Load, questionando o porquê de lavar a roupa ser um “trabalho de mulher”.

Marcas nacionais também vêm tomando frente no debate contra estereótipos e diferentes tipos de preconceito.

No Dia Internacional da Mulher de 2017, a Skol assumiu seu passado machista e lançou a campanha Repôster, convidando ilustradoras feministas a recriar os antigos pôsteres da campanha que objetificavam as mulheres.

No mesmo ano, em homenagem ao Dia do Orgulho LGBT, a Skol lançou a campanha Mãos, incentivando o público a se aliar ao movimento, apoiando e estendendo a mão àqueles que sofrem ataques diariamente: a comunidade LGBT.

É importante ter em mente que o ato de se posicionar incomoda.

A partir do momento em que assumem certos posicionamentos, marcas tendem a desagradar os que pensam o contrário. Todas as campanhas citadas receberam comentários de ódio e desdém, chamando assuntos sérios de “mimimi”.

Mas também é importante lembrar que o número de dislikes é menor e vale muito menos do que o número de pessoas que se identificarão e apoiarão a marca.

Existe a possibilidade de atrair, inclusive, marcas que também se identificam e buscam parcerias.

O peso de um dislike é muito menor do que o peso de um fã representado, e evoluir sempre vale a pena.

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